À abordagem! Em nome de Deus e do vosso capitão! – Disparou Bartolomeu como última ordem e levantou o sabre, ladeando Zé Alberto no preciso instante em que se deu o choque entre embarcações, sinalizado pelo enorme estrondo de carvalho a estalar.
Este era o momento em que se podiam ver arpéus, os ganchos de abordagem, voar como garras. Bartolomeu pensou no valoroso Artur, mas rapidamente a sua atenção se voltou para o convés do galeão, para a visão que atestava a desproporção de homens do Quetzal face à tripulação armada da embarcação espanhola. Estava ciente de que a hora seguinte ia dar a este mar azul uma cor vermelha de sacrifício.
O Código do Bucaneiro Bartolomeu não é um romance de capa e espada, mas tem acção e suspense, mistério e intriga como seria de esperar num livro sobre piratas e bucaneiros.
A sua principal originalidade é a narrativa não linear que revela um talento invulgar para a escrita do seu autor: David Esaguy.
Boas Leituras!