No dia 16 de Janeiro de 1913, pelas cinco horas e vinte e cinco minutos de uma madrugada trágica, o vapor “VERONESE” da carreira de Liverpool – América do Sul, naufragou, ao largo da praia de Leça da Palmeira, mais propriamente em frente à capela da Boa Nova, num fundo rochoso a que chamam Lenho.
Tendo feito a ultima escala em Vigo, e recolhendo no porto cerca de 200 passageiros e tripulantes, o Vapor ao largo de Viana, foi envolvido por um intenso nevoeiro, tendo deixado de ver os faróis de terra.
A tempestade que se instalou de imediato levou-o, apesar de todos os cuidados e de uma velocidade reduzida, ao encontro com as rochas da praia e o desastre deu-se.
Fustigado pelas ondas de um mar enfurecido, em poucos segundos ficou imobilizado, sofrendo os efeitos de uma tempestade em que as ondas, o vento, o nevoeiro, a chuva, a noite, e muito precocemente, a falta de luz no barco, manietou por completo qualquer tentativa de socorro.
Veronese é um romance apaixonante baseado numa história verídica de drama, sofrimento, e heroísmo, afinal a dura história da costa atlântica portuguesa.