Descrição
Um século após o fim da Grande Guerra (1914-1918) ainda é necessário fazer a história deste acontecimento e das suas consequências, quer ao nível nacional quer à escala da história local, nas comunidades que viram partir os seus homens e que sentiram muito a guerra, que teve também expressão através dos graves conflitos internos relacionados com o estado da jovem República e com a “questão” da nossa participação na guerra na europa, que dividiu os portugueses e os militares, contribuindo para o fim da República em 1926.
O trabalho permite acompanhar o percurso dos filhos de Alte (Loulé) que foram enviados para Moçambique, Angola e para França para a frente ocidental, a mais difícil da grande guerra, e compreender como foi a nossa participação nesta guerra repleta de inovações de armamentos e equipamentos, onde foram usados ainda em simultâneo, a carroça e o automóvel, o cavalo e o carro de combate, o homem e a máquina.
A guerra abalou a República, mas também cada uma das aldeias e famílias de Portugal, de onde partiram os 55.000 homens enviados para França em 1917 e 1918 e os 30.000 mobilizados para Angola e Moçambique entre 1914 e 1918. Este trabalho é dedicado aos algarvios de Alte que foram mobilizados para a guerra, dos quais se destacam aqueles que combateram em França onde a nossa participação teve mais expressão e de onde resultaram as consequências políticas e sociais mais marcantes e mais graves, não apenas pela quantidade de baixas, mas também pela natureza daquela guerra no estrangeiro, que não era compreendida pelo cidadão comum em Portugal.
ISBN: 978-989-54375-6-6
Dim: 160 mm x 230 mm
Pag: 505
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